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ASSASSINO DE EMPRESÁRIOS PARTICIPA DE RECONSTITUIÇÃO

O assassino confesso acompanha policiais civis até o local onde deixou a arma do crime e os produtos roubados, ainda na quarta-feira, quando o caso foi desvendado
A Polícia Civil fez, na manhã da última sexta-feira (13), a reconstituição da morte dos dois comerciantes paulistas assassinados a tiros na última terça-feira. O assassino confesso, Flavio Henrique dos Santos, 32 anos, que era “amigo” das vitimas, participou da reconstituição e deu detalhes da execução. Flavio confessou que roubou os comerciantes após cometer o duplo homicídio.
Antes do crime ser desvendado pela Polícia Civil, o empresário afirmava que ele e seus amigos haviam sido vitimas de um roubo. O rapaz usou um revolver calibre 38 para matar e depois roubou cerca de R$ 33 mil das vitimas.
A reconstituição começou no local onde as vitimas foram executadas, um cafezal as margens da MG-179, sentido Machado. O "amigo" deu detalhes de como matou os dois comerciantes.
Ele confirmou ter passado por Andradas e que pretendiam chegar em Formiga, onde iriam fazer compras. As vitimas trabalhavam no ramo de confecções em São Paulo e Flavio tinha uma estamparia com silk screen em Pouso Alegre.
O assassino disse que estava discutindo com Marcos Dionísio (primeiro a ser baleado) sobre dividas. Flavio afirma que a vitima devia dinheiro a ele.
Quando se aproximaram de Alfenas, ao lado do cafezal, Flavio teria mandado o motorista do carro, Douglas Florêncio Viana da Silva, mais conhecido como “Dino, estacionar o veiculo.
A discussão continuou, com o carro parado na rodovia, e ele sacou a arma e deu dois tiros contra Marcos. Disse que “Dino” tentou fugir e foi baleado na cabeça. Ainda no interior do veiculo, o empresário percebeu que Marcos estava vivo e deu outro tiro contra o rapaz.
Flavio conta que desceu do carro e assumiu o volante mesmo com os dois corpos no banco da frente. Ele entrou no cafezal e arrastou o corpo de Dino para fora do veículo e em seguida tirou o corpo de Marcos. Ambos foram colocados debaixo de pés de café.
Quando já ia sair do local, ele percebeu que Dino ainda estava vivo. Foi até o rapaz e fez outro disparo contra sua cabeça e ainda roubou R$ 50 que estava em seu bolso.
Depois, deixou o cafezal com as mochilas e o dinheiro dos comerciantes. O assassino seguiu para a cidade de Carvalhopolis e depois para Turvolândia. Na zona rural desta cidade, o veiculo apresentou problemas.
Flavio conta que desceu do carro e jogou a chave do veículo no mato. Depois, caminhou cerca de 500 metros e escondeu a arma e a mochila da vitima em uma plantação de bananas.
O rapaz continuou a caminhada e cerca de 200 metros depois escondeu uma outra mochila e ao lado enterrou o dinheiro roubado. Ele conta que ficou quatro horas naquele local e, depois, caminhou dois quilômetros. Então encontrou uma propriedade e pediu ajuda a um sitiante. Foi então que começou o "conto da carochinha" para cima dos policiais.
Não deu certo, e agora ele está no presídio de Alfenas, onde provavelmente ficará até o dia do julgamento. Se for condenado, pode pegar até 20 anos de reclusão.

Outro crime
Com a morte dos amigos, Flavio está sendo suspeito de outro crime ocorrido em 2001 na cidade de Pouso Alegre. Na ocasião, o empresário disse que foi assaltado, mas a suspeita é que ele tenha participado do crime e tentou se passar como vítima.
Será um "déja vu"?