ACHE O QUE PROCURA NA WEB

Pesquisa personalizada

MARCHA PELO CAFÉ

Os representantes da cafeicultura que se reuniram na segunda-feira (16) em uma manifestação contra a crise no setor pretendem insistir nas negociações com o governo federal em torno da conversão da dívida (estimada em R$ 4,2 bilhões) em sacas de café. O protesto segundo informações da Polícia Militar reuniu aproximadamente 13 mil pessoas, além de 350 tratores e maquinário agrícola, no centro de Varginha. Para a organização, havia cerca de 40 mil pessoas. Alguns produtores poço-fundenses, acompanhados pelo vice-prefeito Luiz Avelino, também participaram.
A proposta dos cafeicultores, que vem sendo discutida nos últimos três meses com a equipe econômica do governo é de que a dívida seja convertida utilizando como referência o valor de R$ 320 por saca, que seriam entregues ao governo ao longo de 20 anos, o que significaria um patamar de 5% por ano.
As estimativas do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, são de que o volume de café resultante da conversão poderia atingir de 13 milhões a 14 milhões de sacas, que seriam utilizados para recompor os estoques oficiais do governo, que atualmente atingiram os menores níveis da história.
Desde a apresentação da proposta, o governo federal criou um grupo de trabalho para analisar as reivindicações, mas o presidente da CNC diz que o governo fala que vai fazer e não faz nada. Ele reiterou ainda que os cafeicultores vão manter o pleito para a realização de leilões de opções públicas de venda, que faria parte da política de renda para o setor, com a liberação de R$ 1 bilhão para a comercialização de 3 milhões de sacas. Tudo isso poderia ser dividido em três leilões ao longo do ano, sendo que o primeiro ocorreria já no próximo mês de maio.